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A cúpula da CPI da Covid, de acordo com a ala oposicionista, que é maioria no colegiado, decidiu colocar em votação nesta terça-feira (8) a quebra de sigilo telefônico e telemático de oito pessoas ligadas ao governo, entre elas o filho do presidente da república, o vereador Carlos Bolsonaro, do Rio de Janeiro.
Na pauta da sessão, destinada ao depoimento do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, consta também o pedido de transferência de sigilo telefônico do ex-ministro Eduardo Pazuello; do ex-chanceler Ernesto Araújo; do ex-secretário da Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten e suas empresas, além do assessor especial da presidência, Filipe Martins.
Segundo o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor dos pedidos, a ideia é avançar sobre a investigação do “gabinete paralelo” de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro na pandemia. Ele sustenta que a CPI já encontrou indícios da participação dessas pessoas nessa estrutura.
Há, ainda, requerimentos de quebra de sigilo telefônico que miram auxiliares que trabalharam com Pazuello, como a secretária Mayra Pinheiro, do ministério da Saúde, e o marqueteiro Marcos Eraldo Arnoud, conhecido como Markinhos Show. O empresário Carlos Wizard, outro apontado como integrante do “gabinete paralelo” também deve ter o sigilo quebrado.
Na mesma sessão, os grupos dos independentes e da oposição, apelidados de G7, pretendem aprovar a convocação do deputado do MDB-RS, Osmar Terra e do médico Paolo Zanotto. Os dois aparecem em um evento no Palácio do Planalto, em setembro do ano passado, no qual se levantou a possibilidade de criar um “shadow cabinet” – gabinete das sombras – para discutir questões da vacina para a Covid-19 no Brasil.