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Com o objetivo de esclarecer e orientar os munícipes sobre a importância de não oferecer esmola, a Prefeitura de Sorocaba preparou uma campanha de conscientização, que começou a ser veiculada no início do mês.
“Embora muitas pessoas deem esmolas nas ruas por caridade e por considerar que estão ajudando quem está recebendo o dinheiro, tal ação acaba sendo prejudicial, não só para o pedinte, mas também para toda a sociedade. Isso porque receber o dinheiro solicitado acaba desestimulando a pessoa naquela situação à busca por um emprego formal. Além disso, acaba ajudando a manter a pessoa em situação de rua, muitas vezes ligada ao uso de drogas e de álcool”, afirma João Alberto Corrêa Maia, controlador-geral do Município.
Sorocaba é vista como uma cidade de povo muito solidário, que se sente feliz em ajudar quem precisa. Daí a importância de uma campanha que explique aos munícipes porque é essencial evitar a entrega de esmolas.
“O apelo mais comum para pedir dinheiro nas ruas é a fome. No entanto, a Administração Pública tem várias formas de auxiliar as pessoas nesse sentido, seja ofertando cestas básicas às famílias em situação de vulnerabilidade social, como tem sido feito com regularidade pela Secid, que já distribuiu mais de 44 mil cestas básicas para famílias com essa necessidade, seja por meio do programa “HumanizAção”, que proporciona atendimento social, alimentação completa e vários outros serviços, diariamente, para a parcela da população que se encontra em situação de rua e o mais importante: chances reais de mudança de vida e de reinserção no mercado de trabalho e na sociedade”, ressalta o controlador-geral.
O que se sabe é que, muitas vezes, ao ter dinheiro vivo à disposição, essas pessoas infelizmente o utilizam para comprar bebidas alcoólicas, drogas ilícitas ou ambas as substâncias. “Temos o indicativo de que em 90% dos casos é isso o que acontece”, relata João Maia. Portanto, ele orienta que, diante da plaquinha “Tô com fome”, o munícipe pense duas vezes antes de oferecer moedas ou notas. “Um trocadinho parece pouco, mas há pessoas que acabam recebendo, ao longo de um mês, mais do que um assalariado receberia trabalhando”, destaca.
Mesmo nas situações em que produtos são comercializados nos semáforos, é preciso lembrar-se da grande possibilidade de haver um aliciamento ilegal daquelas pessoas que oferecem os itens e que não estão sendo tratadas, na maioria das vezes, com o devido respeito e os direitos merecidos por todo trabalhador. “E a maior parte dos ganhos sempre acaba ficando nas mãos do aliciador”, finaliza o controlador-geral.
Portanto, ao localizar uma pessoa ou grupo de pessoas em situação de rua e que necessitem de cuidados, a atitude mais adequada é informar o Poder Público, que oferecerá atendimento social e todas as chances para uma mudança real de situação de vida. Estão disponíveis os seguintes telefones: (15) 3229-0777, do Serviço de Obras Sociais (SOS); 153, da Guarda Civil Municipal (GCM) e (15) 3212-6900, da Secid.