Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, pela sua Diretoria Regional de Sorocaba, e as vereadoras Iara Bernardi e Fernanda Garcia divulgaram nesta última segunda-feira notas repúdio contra agressões ocorridas ao repórter Reinaldo Galhardo, em Sorocaba, durante a cobertura de ato a favor do presidente Jair Bolsonaro e ao voto impresso.
No domingo, enquanto registrava a manifestação, filmando com seu celular, o jornalista, conhecido pelo apelido de “Macarrão”, começou a ser xingado por parte dos participantes do ato e teve a gravação interrompida após início de agressões físicas. Um dos participantes deu um murro em sua mão, jogando seu celular no chão, que acabou quebrando. A violência ocorreu durante manifestação convocada pelo Movimento Conservador de Sorocaba, no estacionamento do Paço Municipal de Sorocaba.
O Sindicato disse “repudiar a agressão de alguns apoiadores do movimento pelo “voto impresso” ao jornalista. Reinaldo trabalha no portal de notícias SNewsSorocaba (https://snewssorocaba.com.br/), de sua propriedade, e acompanha acontecimentos da vida da cidade”.
“A agressão sofrida pelo jornalista sorocabano é mais um grave ataque ao exercício jornalístico e à democracia que, infelizmente, vem se ampliando no Brasil, muito em consequência da narrativa perversa do presidente da República Jair Bolsonaro que insiste em atacar a imprensa e os profissionais da comunicação”, diz a nota sindicalista.
“O ataque a Reinaldo foi gravado e é possível verificar a ausência de intervenção da Polícia Militar, que nada fez mesmo com o pedido do jornalista e a identificação dos agressores, assim como o discurso dúbio dos vereadores sorocabanos Dylan Dantas (PSC) e Vinícius Aith (PRTB), que comandavam o ato e reafirmaram o entendimento da massa de que o jornalista era um “infiltrado” e “contrário ao ato”. No áudio dá para escutar um dos vereadores falando no carro de som: “calma, patriotas! Calma! É isso o que eles querem.”, continua o texto do sindicato. “Por fim, o SJSP informa que está prestando toda a assistência necessária ao jornalista Reinaldo Galhardo, que já fez boletim de ocorrência, e tomará as medidas necessárias para restabelecer a perda material do equipamento de trabalho e também as condições para o livre exercício profissional dos jornalistas”, finaliza.
Vereadoras também reagem à agressão
As vereadoras Iara Bernardi (PT) e Fernanda Garcia (PSOL) também reagiram contra a agressão ao profissional.
Iara escreveu: “Toda a minha solidariedade ao jornalista Reinaldo Galhardo, o Macarrão, da SNews Sorocaba, que foi agredido ontem por manifestantes pró-Bolsonaro, durante o ato a favor do voto impresso no Paço Municipal. Macarrão filmava a manifestação com seu celular da cor “vermelha”, quando teve o aparelho quebrado por um casal, que o discriminou apenas pela cor do smartphone.
Um grave atentado contra a liberdade de imprensa! Mas não apenas isso, foi um ato de preconceito contra a cor “vermelha”, tão odiada pelos bolsonaristas. Mas que simboliza, entretanto, amor, coragem e resistência!!! E hoje, tudo isso e muito mais… é a cor que nos traz a esperança contra todo o ódio e a violência que assombram o país!!!
O ódio não vencerá!!!”
Já Fernanda divulgou em suas páginas oficiais: “É com profunda indignação que manifesto repúdio ao ataque covarde sofrido pelo jornalista Reinaldo Galhardo, do SNEWS Sorocaba.
Enquanto fazia a cobertura jornalística da manifestação de extrema-direita pelo voto impresso, realizada neste domingo (01), em frente ao Paço Municipal, Reinaldo foi covardemente hostilizado e teve seu celular quebrado por militantes bolsonaristas.
No áudio da gravação, é possível compreender que os manifestantes chamavam o jornalista de comunista, pelo fato do seu smartphone ter a cor vermelha – cores do veículo de comunicação a qual Reinaldo trabalha. Após ser ofendido, Reinaldo ainda teve seu instrumento de trabalho quebrado com um ataque violento dos “manifestantes”.
Esse episódio só demonstra a violência, selvageria e irracionalidade da extrema-direita, que faz campanha nacional contra a urna eletrônica: o mesmo sistema de votação que elegeu Bolsonaro e seus filhos em 2018, em 2014, 2010, 2006, 2002 e 1998.
Evidentemente, o problema deles não é a urna, é a derrota.
Desejamos ao jornalista Reinaldo e a toda a imprensa muita força. Exercer o trabalho de comunicação em tempos tão sombrios está se tornando uma tarefa cada vez mais perigosa.
Minha mais sincera solidariedade e respeito ao trabalho de vocês”.