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Volume da represa de Itupararanga baixa para 21,49%

As chuvas dos últimos dias não foram suficientes para abastecer a represa de Itupararanga, que está a cinco centímetros de seu nível mínimo de operação. O reservatório chegou a 21,49% do volume útil, pior índice registrado no ano. Para se ter uma noção, o considerado normal é 52,95% — dentro da faixa de operação da usina, mas abaixo da Média de Longo Termo (MLT). As informações são da Votorantim Energia, empresa responsável pelo reservatório.

A estiagem derruba os níveis da represa há alguns meses. No dia 5 de outubro, a usina já apresentava nível crítico, com 22,31% de sua capacidade total. Medidas emergenciais para desacelerar a aproximação do volume morto da represa estão sendo adotadas.

Uma delas é a redução da geração de energia da Usina Hidrelétrica (UHE) Ituparanga, que ocorre desde dezembro de 2020. Apenas uma das quatro unidades geradoras estão em operação. Dessa forma, o reservatório passou a liberar somente a vazão mínima obrigatória. Além disso, desde agosto deste ano, a empresa também implementou um conjunto de medidas deliberadas pelo Comitê de Bacias Hidrográficas de Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT).

As determinações estabelecem, de forma emergencial e exepcional, regras operacionais que deverão permanecer ativas até que o volume útil do reservatório alcance 50% de sua capacidade. Entre elas, a adoção do nível de 21,23% do volume útil, como o mínimo operacional do reservatório e a redução da vazão defluente para 3,25m³ por segundo, que já é praticada.

Apesar de grave, a situação não deve levar a um plano de racionamento em Sorocaba, de acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). “No momento, não há previsão de que a cidade adote alguma medida de restrição no abastecimento, pois está sendo possível a captação do volume de água necessário para o suprimento do município”, informou a autarquia.

Há ainda plano de contingenciamento, em que medidas necessárias são adotadas, gradativamente, para a manutenção de abastecimento da população. O Saae disse que o sistema é “dinâmico” e cada ação será tomada no momento em que for exigida. Além disso, também destaca que o racionamento de água seria o último recurso.

O Saae tem reduzido a pressão do sistema, em determinados horários do dia, como providência para enfrentar a crise hídrica. Isso leva, conforme informado, à diminuição da vazão das represas, assim como o controle ativo dos vazamentos, com rapidez de atendimento aos chamados.

Com as medidas apresentadas, houve redução de 90 para 80 litros por segundo na captação de água da represa de Itupararanga, via Estação de Tratamento de Água (ETA) Cerrado.

 

Informações: Jornal Cruzeiro do Sul

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